O livro é passaporte, é bilhete de partida.
Bartolomeu Campos de Queirós

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Leitura e reescrita de histórias

O vídeo abaixo trata do poder transformador que a Literatura tem. Nele, são mostrados dois exemplos muito felizes de situações em que a apropriação do livro fez a diferença na vida das pessoas. 

No primeiro, a professora afirma que a leitura, mesmo para aquela criança que não tem família leitora, pode ser fonte de fruição e, ainda, ser capaz de reunir os familiares para ouvir as contações. Na segunda parte é apresentado o projeto de leitura e reescrita, feito a partir da contação de histórias da professora titular da turma.




quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O menino que aprendeu a ver


Esse é o título de um livro da Ruth Rocha, que conta a história de Joãozinho, um menino que começa a frequentar a escola e, aos poucos, vai descobrindo o mundo das letras, que antes não passavam de símbolos sem sentido para ele. É uma graça de história, interessante para contar às turmas de 1º ano, como incentivo para a alfabetização e letramento.

Se alguém não conhece a história e tem interesse em lê-la, o livro está disponível para download.




Lembrando que nem sempre é interessante substituir o livro por projeção, uma vez que não considera a materialidade do mesmo e limita a contação do professor. 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ruth Rocha

O site da autora tem um material interessante para planejamento e pode, também, ser compartilhado com os alunos, que terão a possibilidade de brincar com cruzadinhas, formação de palavras, histórias e até ouvir algumas delas no CD "Mil Pássaros", disponível na Rádio UOL.

Abaixo, um vídeo com a história "Bom dia, todas as cores".




Mais Ruth Rocha.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

História em Libras

Segue contribuição da querida colega Luciana Fontanive: um vídeo com a história "João e Maria" em Libras.




quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Criança


Para comemorar o Dia da Criança, apresento um poema criado, coletivamente, por meus alunos, após explorarmos o livro "Criança não faz de conta" do Kalunga, através da contação e de muitas brincadeiras com as rimas.


É bom ser criança

É bom ser criança,
Porque temos esperança.
E se ganha amor e carinho
(e também um chocolatinho).

É bom ser criança,
Para brincar e fazer lambança.
Ir à praia ver tubarão,
Chamar ambulância e não levar xingão.

É bom ser criança
E desacomodar a vizinhança.
Depois ir à casa de um amigo,
Para ele brincar comigo.

É bom ser criança,
Para inventar uma nova dança.
E com um filme de terror se assustar,
Depois pegar o lápis e desenhar.

É bom ser criança,
Após crescer e guardar na lembrança
Os momentos especiais
Que vivemos com nossos pais.

domingo, 9 de outubro de 2011

Contando histórias

Acredito que a contação de histórias se faz fundamental para o despertar do gosto pela leitura nas crianças. Através dessa prática, surge o encantamento pela literatura, que conduzirá a criança a sentir necessidade de se apropriar desse universo fantástico que o livro abriga. 

A partir do momento que a escola assume essa condição de possível formadora de leitores, buscando práticas de mediação de leitura, como contação de histórias, momentos diários de leitura, além da exploração das obras através da expressão dramática, musical e da produção escrita, libertamos os alunos do discurso determinista, que afirma que apenas filhos de pais leitores tornam-se bons leitores. 

Essa introdução foi escrita apenas para contextualizar o bonito trabalho de uma querida colega de profissão e de escola, Andréa Ilha, que investe na descoberta do mundo literário, através das suas contações de histórias. Vale a pena assistir.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ler é uma brincadeira

Através da leitura virtual, também é possível envolver a criança no mundo das palavras. Estes dois jogos interativos da Discovery Kids, chamados "Ler é uma brincadeira", são uma alternativa para se trabalhar com alunos de pré-escola a 3º ano das séries iniciais. Neles, são contadas histórias que abordam temas como cores e dificuldades ortográficas.

Clique aqui para jogar.
Clique aqui para jogar.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Leitura na infância é tudo


Segundo a especialista em Literatura Infantil e Juvenil pela UFRJ, Cristiane Madanêlo de Oliveira, tudo o que atua na fase do desenvolvimento da criança é importante na formação de um indivíduo, inclusive a leitura.

Qual a importância dos livros na infância?
Na verdade, o que realmente é importante na formação de um indivíduo é a infância e tudo que atua nessa fase do desenvolvimento humano, inclusive a literatura. Desde que ascende socialmente a burguesia como classe social, a construção de valores na infância foi priorizada. Afinal, era muito mais fácil incutir ideologias num ser em formação do que ter de mudar um adulto com opiniões já definidas.             

Sendo assim, criou-se a chamada literatura infantil que, desde sua gênese, esteve atrelada a fins pedagógicos, isto é, a serviço da divulgação dos ideais burgueses. Esse referencial histórico acaba por ratificar a relevância da literatura no comportamento dos indivíduos, sobretudo no que concerne à literatura infantil.

Qual a idade mínima para uma criança começar a ter contato com os livros?
Não há como afirmar uma idade específica para um primeiro contato com livros na infância, pois o amadurecimento de cada indivíduo segue uma sistemática diferenciada. Ainda assim, durante a fase pré-leitora, já se pode investir num futuro leitor.

Há vários tipos de livros de pano e de banho que podem integrar o grupo de brinquedos da criança desde que ela consegue pegar objetos. Além de associar a ludicidade à leitura, o contato natural com o objeto livro já se constrói de maneira natural.

Qual o papel dos pais no gosto da criança pela leitura?
A influência dos adultos na formação de uma criança, em todos os aspectos, é de suma importância. Não se pode dizer, entretanto, que pais não-leitores formarão necessariamente filhos que não se interessem pela leitura. Pode haver a sedução pelo mundo da leitura em qualquer idade e a formação escolar também tem um papel importante nesse processo.
         
Dar um livro de presente não significa incentivar à leitura necessariamente. Assim como acontece com os brinquedos, a criança, e por que não dizer os adultos, desejam compartilhar. Conhecer os livros que fazem parte da realidade infantil e juvenil, além de favorecer o diálogo entre pais e filhos, mostra que a leitura se faz de um momento solitário e de muitos momentos para compartilhar as experiências vivenciadas naquele livro.
         
O que não se pode fazer é associar o ato de ler como um castigo ou algo que represente algum tipo de punição. Com certeza, relacionar leitura com obrigatoriedade não é um bom caminho para incentivar a leitura.

Quais atitudes dos pais vão incentivar o gosto dos filhos pela leitura?
A descoberta da magia da leitura se dá numa fase em que a ligação entre pais e filhos ainda é muito grande. Por conta disso, o afetivo está intimamente envolvido com esse processo. Se o momento de leitura na infância se associa a momentos de prazer, forma-se uma relação positiva com os livros, que é o embrião de um adulto leitor. Compartilhar leituras é importante para que ler seja associado a um prazer e não a um dever.
         
Muitas vezes, percebe-se que crianças imitam as atitudes dos pais, seja no desejo de passar batom ou de fazer a barba. O que rege essas atitudes é o desejo de ser partícipe do mundo que os pais integram. Se a rotina dos pais incluírem a leitura, parecerá para a criança natural e bom o ato de ler.

O interesse dos pais em conhecer e debater sobre os livros representa interesse por aquele mundo da criança. O fenômeno Harry Porter aproveitou esse viés ao criar uma propaganda que incitava certa competição entre pais e filhos, para saber quem iria ler primeiro o último lançamento da série, mesmo que ele tivesse mais de 300 páginas.

Na idade adulta, como se reflete a diferença entre uma pessoa que leu na infância e outra que não teve esta oportunidade?
Todas as formas de arte, incluindo a literatura, favorecem que os seres humanos experienciem e se preparem melhor para enfrentar situações reais e frustrações, se elas efetivamente ocorrerem.
         
O livro Psicanálise nos contos de fadas, de Bruno Betleheim, versa sobre a importância dos contos de fadas no desenvolvimento da psiquê humana. Por exemplo, a simples existência da divisão simbólica da figura materna em duas faces - fada e bruxa - trabalha a relação de culpabilidade que uma criança sente diante de uma atitude de raiva, por uma interdição da mãe em função de alguma situação.
         
Além das exigências de formação cultural variada que o mercado de trabalho vem impondo, um leitor mais efetivo pode-se preparar melhor para enfrentar as adversidades da vida, não só no campo social, mas também nos níveis emocional e psicológico. O livro é mesmo um par de asas para voar para mundos desconhecidos e outras realidades. Machado de Assis, de origem humilde, escreveu com mestria sobre vários lugares da Europa, sem ter estado no Velho Mundo.

Qual o tipo de literatura mais adequada para cada faixa etária, até os 12 anos aproximadamente?

Primeira infância (15/17 meses aos 3 anos)

Nessa fase, a criança descobre seu corpo e começa a manipular objetos. É a curiosidade da curiosa idade! Nessa etapa, o livro só pode representar um brinquedo, mas favorece o surgimento de uma relação positiva com o objeto livro.        

Algumas histórias bem curtas, já podem ser introduzidas por um adulto leitor, mas sempre com o apelo das cores, dos sons. Com a descoberta do filão do público infantil, as editoras investem bastante na criação de livros cada vez mais interativos.

Segunda infância (3 aos 6 anos)

Para essa faixa etária, a linguagem é a grande conquista e o veículo de interação com o mundo e com os outros. Essa é a famosa fase dos porquês, do germe da formação de um senso crítico. Pode-se utilizar livro com textos, mas o predomínio deve ser das imagens, pois a criança ainda não lê. A relação com a leitura pode ser, inclusive, instigada pelo desejo de ter autonomia para decifrar o mundo das letras sem intermédio de um adulto.
         
Muita colaboração na formação dos conceitos de base psíquica pode ser oferecida por contos de fadas, tradicionais ou modernos. Como a brincadeira com as palavras é um atrativo, há várias poesias que trabalham a sonoridade de fonemas, as rimas, as trocas silábicas, os sentidos modificados por essas trocas. Deve-se, também, inserir pequenas estruturas narrativas, mas nada muito complexo ou demorado.

Terceira infância (a partir dos 6 anos até a adolescência)

Momento mágico da aquisição da leitura, sobretudo porque a maioria das sociedades tem base cultural grafocêntrica, isto é, fundamentada na escrita. O processo de escolarização é recomendado para se iniciar nessa faixa etária e essas conquistas extrapolam o mundo mais restrito a casa e à família da criança para ganhar a coletividade.

As histórias de aventuras costumam fazer sucesso nos primeiros anos, principalmente porque levam os heróis a conquistas individuais, sem intermédio de familiares, muitas vezes só com valentia e magia. Novas realidades espaciais também têm feito muito sucesso, bem como outros mundos, como é o caso de Neverland (Peter Pan), Hogwarts (Harry Porter), País das Maravilhas (Alice), dentre muitos outros.


Artigo retirado e editado de CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "ALMA GÊMEA - LEITURA NA INFÂNCIA É TUDO" [online]

Disponível na internet via WWW URL: http://graudez.com.br/litinf/trabalhos/2006-almagemea.htm

Capturado em 5/10/2011
Fonte das imagens: http://multiplasrealidades.blogspot.com/2010/02/educar-e-contar-historia.html, https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtIJM4trRNbeowqHq6boYP7Ay2OVfyhyphenhyphengeA2KcFCdYV_ctfQEZtGWPhXDGX7wSipxrgGC05-q17Q0mB53bowxLPFZKLp7p00CN3wfsgcean2bKlCO5jeRKKV4PB3eZHhVDFwceNBXRz2Ky/s1600/trono-leitura.jpg

A Maior Flor do Mundo

Este vídeo, do escritor José Saramago, expressa a simplicidade genuína que a Literatura necessita ter, para que possa envolver os pequenos leitores. 



     E fica o questionamento:

"E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?"
     

Formando leitores

É comum vermos cantinhos de leitura nas escolas, com a intenção de proporcionar aos alunos o hábito da leitura, bem como oferecer livros de qualidade. Estes são montados com uma prateleira de livros, um tapete e alguns almofadões dispostos, criando um clima de tranquilidade.

Porém esse espaço não deve apenas ficar delegado ao gosto do aluno, mas também à intencionalidade do professor, à proposta pedagógica da escola, que são pontes entre o estudante e o conhecimento.

A simples montagem desses cantinhos não garante o interesse dos alunos pela leitura, nem a formação de leitores assíduos. É interessante que o professor repense a prática dessa atividade, percebendo os aspectos mais importantes para se criar o gosto pelo ato de ler. Deve pensar e refletir sobre que tipo de leitor se pretende formar, se os livros ali dispostos são do interesse dos alunos, como será a avaliação daquele momento etc.


Além disso, o professor pode pensar em juntar um material, diferentes portadores textuais, com a participação de todo o grupo, onde cada aluno se torna responsável pela manutenção e sustento dos materiais. Estes poderão doar jornais e revistas usadas, um artigo que leu e achou interessante, encartes de supermercados que poderão ser utilizados nas aulas de matemática, todo tipo de propaganda, panfletos, álbuns de figurinhas, gibis, dentre outros.

O professor deve, também, abrir espaço para que os alunos escolham os livros a serem lidos num determinado mês, fazendo uma visita à biblioteca da escola, onde cada um irá escolher dois exemplares para serem colocados na prateleira da sala de aula, e lidos posteriormente.

Um mural com sugestões de leitura, feitas pelos próprios alunos, também é uma boa forma de incentivo, pois os próprios colegas fazem as indicações, além de terem que escrever as sinopses dos livros. Dessa forma, o envolvimento das crianças com a leitura é muito maior, mais prazeroso, pois tem a autonomia de escolher temas do seu interesse ou do gosto de seus amigos.

Muitas vezes a escola bloqueia a capacidade crítica do aluno, por querer impor muitas regras, e isso não funciona com a leitura. Ao contrário do que algumas pessoas ainda pensam, a autonomia abre espaço para a liberdade de escolha, mas de forma responsável, pois o aluno pode ser questionado e avaliado pela sua intenção.

Outra forma de proporcionar maior interesse pelos livros é permitindo que os estudantes ouçam histórias narradas pelo próprio professor ou em CDs. Através das mesmas, pode-se levar os alunos a manterem um bom nível de potencial imaginativo, além de desenvolver a criatividade dos pequenos.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Transitoriedade

Certezas
A leitura é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança.
Ler é fonte de prazer, pois, através dela, somos transportados para mundos desconhecidos, culturas distintas, exercitando nossa imaginação.

A criança que lê beneficia-se de diversas maneiras:
        • expressa-se melhor oralmente;
        •  torna-se mais criativa;
        • demonstra mais autônomia na busca de informação;
        • compreende e interpreta o mundo de uma maneira mais crítica e amplia conceitos;
        • torna-se mais segura ao resolver problemas e estabelecer vínculos;
        • potencializa sua capacidade de concentração.
        Em um ambiente virtual, também é possível exercitar a leitura infantil, desde que seja feita de forma direcionada e orientada.


        Incertezas
        O hábito da leitura sustenta-se somente com o estímulo da escola?
        É possível formar bons leitores quando o ambiente familiar não é favorável à prática?
        O ambiente virtual é propício ao incentivo e à prática da leitura?

        Criança não faz de conta

        No dia 07 de novembro, o escritor caxiense Kalunga visitará os alunos dos anos iniciais da E.M.E.F. Professora Leonor Rosa, para conversar sobre algumas de suas obras dedicadas ao público infantil. A turma do 4º ano A, da qual sou professora titular, está lendo o livro de poemas "Criança não faz de conta", com encantadoras ilustrações de Karen Basso. 
        Segue um trecho da obra.



        Rua da praia

        Eu fui passear
        Na rua da Praia.
        O vento soprou,
        Subiu minha saia.

        Falou a me olhar
        Um guri atrevido:
        - Com pernas tão lindas
        Para que vestido?

        Fiquei sem saber
        Então o que fazer:
        Dar nele um xingão
        Ou lhe agradecer?

        A menina que odiava livros

        O vídeo a seguir conta a história de uma menina que não gostava de ler, até o dia em que algo muito inusitado aconteceu...


        Um livro


        CAIXA MÁGICA



        Um livro 
        é uma beleza,
        é caixa mágica
        só de surpresas.

        Um livro 
        parece mudo,
        mas nele a gente 
        descobre tudo.

        Um livro tem asas
        longas e leves
        que, de repente,
        levam a gente longe, longe.

        Um livro
        é parque de diversões
        cheio de sonhos coloridos,
        cheio de doces sortidos,
        cheio de luzes e balões.

        Um livro 
        é uma floresta
        com folhas e flores;
        bichos e cores.
        É mesmo uma festa,
        um baú de feiticeiro,
        um navio pirata no mar,
        um foguete perdido no ar,
        é amigo e companheiro.

        Elias José

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